domingo, 28 de março de 2010

A Arte de Baquiat

O trabalho de Basquiat esta inundado de referências e de correspondências múltiplas, os seus trabalhos não são apresentados numa estrutura aberta, mas como uma dinâmica simultânea entre declarações divergentes e em si próprias herméticas.

As suas representações ilustram tudo o que é terrifico, despedaçado, incoerente, e na sua demolição e desprezo por qualquer tipo de unidade visual tradicional. O tema principal dos seus trabalhos é a vida na grande cidade. A indiferênça em relação à perspectiva e a posição infantil e ingénua em relação ao estilo são características suas.

As primeiras telas de Basquiat foram as paredes da cidade onde ele difundiu as suas mensagens. Olhando além do significado de infantil de representação da grande cidade e da verdadeira imagem dos seres humanos, a obra de Basquiat é claramente uma arte de fúria e de rebelião, mas retém sempre os engenhosos jogos de palavras da sua fase dos graffitis.





















Fonte.: http://basquiat.no.sapo.pt/arte_de_basquiat.html

sábado, 27 de março de 2010

Jean Michel Basquiat

Basquiat tinha ascendência porto-riquenha por parte de mãe e haitiana por parte de pai. Desde cedo mostrou uma aptidão incomum para a arte e foi influenciado pela mãe, Matilde, a desenhar, pintar e a participar de atividades relacionadas ao mundo artístico. Em 1977, aos 17 anos, Basquiat e um amigo, Al Diaz, começaram a fazer grafite em prédios abandonados em Manhattan. A assinatura era sempre a mesma: "SAMO" ou "SAMO shit" ("same old shit", ou, traduzindo, "a mesma merda de sempre"). Isso gerou curiosidade nas pessoas, principalmente pelo conteúdo das mensagens grafitadas. Em dezembro de 1978, o veículo Village Voice publicou um artigo sobre as escrituras. O projeto "SAMO" acabou com o epitáfio "SAMO IS DEAD" (SAMO está morto) escrito nas paredes de construções do SoHo novaiorquino. Em 1978, Basquiat abandonou a escola e saiu de casa, apenas um ano antes de se formar. Mudou-se para a cidade e passou a viver com amigos, sobrevivendo através da venda de camisetas e postais na rua. Um ano depois, em 1979, contudo, Basquiat ganhou um status de celebridade dentro da cena de arte de East Village em Manhattan por suas aparições regulares em um programa televisivo. No fim da década de 1970, Basquiat formou uma banda chamada Gray, com o então desconhecido músico e ator Vincent Gallo. Com o conjunto, tocaram em clubes como Max's Kansas City, CBGB, Hurrahs e o Mudd Club. Basquiat e Gallo viriam a trabalhar em um filme chamado "Downtown 81" (também conhecido por "New York Beat Movie]]. A trilha sonora deste tinha algumas gravações raras da Gray. A carreira cinematográfica de Basquiat também incluiu uma aparição no vídeo "Rapture" da banda Blondie. Basquiat começou a ser mais amplamente reconhecido em junho de 1980 quando participou do The Times Square Show, uma exposição de vários artistas patrocinada por uma instituição de nome "Colab". Em 1981, o poeta, crítico de arte e "provocador cultural" Rene Ricard publicou um artigo em que comentava sobre o artista. Isso ajudou a catapultar de vez a carreira de Basquiat internacionalmente. Nos anos consecutivos, Basquiat continuou a exibir sua obra em Nova yorque ao lado de artistas como Keith Haring e Barbara Kruger. Também realizou exposições internacionais com a ajuda de galeristas famosos. Já em 1982, Basquiat era visto freqüentemente na companhia de Julian Schnabel, David Salle e outros curadores, colecionadores e especialistas em arte que seriam conhecidos depois como os "neo-expressionistas". Ele começou a namorar, também, uma cantora desconhecida na época, Madonna. Neste mesmo ano, conheceu Andy Warhol, com quem colaborou ostensivamente e cultivou amizade. Dois anos depois, em 1984, muitos de seus amigos estavam preocupados com seu uso excessivo de drogas e seu comportamento paranóico. Basquiat, então, já estava viciado em heroína. No dia 10 de fevereiro de 1985, Basquiat foi capa da revista do The New York Times, em uma reportagem dedicada inteiramente a ele. Com o sucesso, foram realizadas diversas exposições internacionais em todas as maiores capitais européias. Basquiat morreu de um coquetel de drogas (uma combinação de cocaína e heroína conhecida popularmente como "speedball") em seu estúdio, em 1988. Após sua morte, um filme que levava seu nome foi lançado contando sua biografia, dirigido por Julian Schnabel e com o ator Jeffrey Wright no papel de Basquiat.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Michel_Basquiat

sexta-feira, 26 de março de 2010

Anticultura

A aproximação da anticultura com as conseqüentes fraturas internas levou o homem a um tempo de solidão, de recolhimento, de angustia e contestação. O homem investido em todo o seu ser, levando- o aos infinitos obstáculos da doença mental.
Ela se ergue em sua lucidez e transforma seu mundo de conflitos éticos e morais, de guerras, tragédias e violências exteriores em um enorme conflito pessoal. Na mente é onde ele esconde os elementos primígenos da loucura, que até então era natureza adormecida, mas que surge e domina a razão, transformando o homem em um estranho perante a atual cultura da sociedade.
“A doença mental só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal”. Michael Foucault.
A anticultura esta excluindo os doentes mentais da sociedade em confinamento de clínicas psiquiátricas e deixando livres suas verdadeiras ameaças, aqueles que não são julgados como loucos, mas são os principais destruidores da m
esma. Homens que escolhem quem merece viver e impõe uma cultura marginal que já virou constituição não escrita.
A sociedade quer impedir os loucos de expressar as verdades intoleráveis!
Com estas colocações trago como trend de meu projeto a anticultura como fator desencadeador da loucura, com o objetivo de acordar a sociedade, mostrando que loucura é ter medo de sair de casa devido a violência urbana e não por ser doente mental.
Para representação gráfica deste projeto trarei a tona as obras e a vida de Jean Michel Basquiat, um homem que saiu de um ambiente anticultural e trouxe para o mundo das
artes uma nova expressão psicodélica “o neo-expressionismo”.
Não optei por Edvard Munch ou Vicente Van Gogh ,que eram doentes mentais, para não reduzir seus quadros a uma linguagem “psicológica” e destruir o significado daquilo mesmo que são, arte, cometendo injustiças a estes grandes pintores. Por isso Basquiat, que não era louco, mas teve uma vida conturbada abastecida de drogas alucinógenas.



Fontes: http://catatau.blogsome.com/2006/10/26/os-loucos-e-a-loucura-na-arte/
velasardemsempreateofim.blogspo.com/

Livros: Psicologia da Arte. Juan Mosquera.
Doença mental e Psicologia. Michel Foucault.